ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DA GRANDE CURITIBA E LITORAL SE MANIFESTAM CONTRA LOCKDOWN

quinta, 20 de maio de 2021

Empresários dizem que lockdown é ineficiente, não gera os resultados esperados e que só quebra a economia.

ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DA GRANDE CURITIBA E LITORAL SE MANIFESTAM CONTRA LOCKDOWN

Empresários dizem que lockdown é ineficiente, não gera os resultados esperados e que só quebra a economia.

Associações comerciais da região metropolitana de Curitiba e do litoral posicionaram-se, nesta terça-feira (18), contra a adoção de novos lockdowns. As entidades alegam que muitas empresas estão à beira da falência, que os seguidos “abre e fecha” não trouxeram os resultados esperados e que o comércio não é responsável pelas aglomerações.

“Para além disso, medidas restritivas tomadas por autoridades locais deixaram de ser pautadas pela lógica, pois algumas atividades não essenciais foram permitidas abrir, enquanto outras, também não essenciais, foram fechadas. E enquanto inúmeros negócios estão à beira da falência, o poder público exige o pagamento integral de impostos”, diz um trecho da carta aos prefeitos.

A carta é assinada pelas associações comerciais de Guaratuba, Campo Largo, Mandirituba, São José dos Pinhais Pinhais, Contenda, Pontal do Paraná, Fazenda Rio Grande, Cerro Azul, Tijucas do Sul, Matinhos, além da Associação Comercial do Paraná (ACP). Na semana passada, a ACP já tinha solicitado à Prefeitura de Curitiba que não adotasse o lockdown na capital.

Ainda na carta, os associados dizem que não é mais possível às autoridades manterem a gestão da crise sanitária “na base do improviso e sob critérios que já se revelaram ineficazes”, atitudes que poderiam ser justificáveis no começo da pandemia, mas não agora, no atual estágio.

Os empresários ainda explicam que o comércio não é responsável pelas aglomerações, já que mantém ambientes controlados e adotou rígidos protocolos sanitários para manter a segurança dos consumidores e de seus colaboradores. E que isto não é um negacionismo em relação à gravidade da doença, mas pedem às autoridades que olhem pelo ponto de vista dos empresários e do emprego.

Ao final da carta, os empresários dizem que se alguma prefeitura da grande Curitiba adotar lockdown, as entidades prontamente vão protestar para que as cidades adotem medidas como as do governo estadual, que prorrogou a bandeira laranja nesta última segunda-feira e restringiu mais algumas atividades, porém de forma mais racional e suportável para os empresários.

A prefeitura de Curitiba – que já tinha anunciado a possibilidade de lockdown para esta semana – não se manifestou sobre a carta. Porém divulgou, no final da tarde desta terça-feira, que não vai entrar em lockdown. Optou por prorrogar a bandeira laranja, porém com medidas um pouco mais severas, como fechamento total do comércio aos fins de semana e ampliação do toque de recolher.